quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Caboclo Morubixaba






No Brasil também tivemos grandes tribos como os tupinambás, aimorés, que tinham um rico conhecimento sobre os mistérios do Universo, hoje conhecido como física.
Conheciam ervas, a posição das estrelas, o movimento da Terra, algumas tribos indígenas, assim como os astecas, possuíam até observatório astronômico. Então, muita coisa antes da tecnologia do homem branco já era existente, com o empenho, estudo e dedicação dos índios.
Os índios também possuíam uma sociedade organizada, baseada em hierarquias e tarefas dentro da tribo, as penas indicavam as iniciações decorrentes de trabalhos e conquistas. Dando ao cacique, o chefe da tribo, o maior número de penas. Lembrando que Cacique é um termo dado pelos colonizadores, nas tribos tupis, o nome correto para o chefe da tribo é Morubixaba.
Outro papel de grande destaque dentro das tribos eram os xamãs, também conhecidos como pajés, eram os curandeiros, os dirigentes espirituais, os ritualistas, eram os que ligavam a sua tribo com o mundo espiritual, através de ervas, fumo, música ou até mesmo o transe mediúnico.  Eram chamados também de feiticeiros.
Uma grande observação sobre a grande maioria das tribos é que não existiam classes sociais, todos eram tratados com igualdade, mesmo o cacique e o pajé que recebiam certo destaque pelas suas funções na aldeia.
Outras funções, eram os soldados, os batedores, os diplomatas, os caçadores, funções importantes para o bom funcionamento da sociedade indígena.
As Iniciações na maioria das tribos eram ocorridas aos 13 anos, que para os índios era a chegada da fase adulta.
Então para que o Cósmico pudesse nos amparar com todo o conhecimento perdido, deu a oportunidade espíritos que viveram essa época de grande conhecimento pudessem voltar e trazer os ensinamentos da época, em minha opinião, baseado nisso, deu-se a linha de Caboclos.
Uma falange de espíritos antigos, sábios e guerreiros que possuíam tanta ciência quanto ao do homem Branco, e compreendia muito melhor a natureza e seus fenômenos sem o uso de tecnologia, apenas com a observação e experiência e nós fomos agraciados pela volta de tão evoluído povo aos dias hodiernos.
É uma verdadeira hoste de irmãos, amigos espirituais, espíritos de grande Luz e Conhecimento que pousam na Egregoras Umbandista. São espíritos de diversas épocas, dos locais e tribos mais variados que existem. Alguns viveram em Terras Brasileiras, outras em Terras Estrangeiras. Uns se apresentam de roupas, mocassins, outros apenas de penacho, descalço, são espíritos que trazem consigo a cultura em que viveram, que se plasmam em homenagem aos tempos em que o homem considerava a Natureza, em que o homem era Panteísta, acreditava que a Energia de Deus estavam em tudo. Importante salientar que até para matar um animal, o índio orava e agradecia ao Grande Pai por aquela fartura e matava o suficiente para a tribo.
Eram homens simples, mas que respeitavam a Verdade Universal e a Lei Cósmica, e hoje estão conosco, na egregoras umbandista para resgatar o conhecimento perdido.
Tentarei achar uma forma de esmiuçar as falanges e as legiões dos caboclos de Oxóssi, colocar aqui o que eu acredito em um próximo post. Vou deixar pendente essa questão porque ainda estou bem confuso em relação a estrutura da linha de Oxóssi, se é que a mesma exista.

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