No Brasil também tivemos grandes tribos como os tupinambás,
aimorés, que tinham um rico conhecimento sobre os mistérios do Universo, hoje
conhecido como física.
Conheciam ervas, a posição das estrelas, o movimento da
Terra, algumas tribos indígenas, assim como os astecas, possuíam até
observatório astronômico. Então, muita coisa antes da tecnologia do homem
branco já era existente, com o empenho, estudo e dedicação dos índios.
Os índios também possuíam uma sociedade organizada, baseada
em hierarquias e tarefas dentro da tribo, as penas indicavam as iniciações
decorrentes de trabalhos e conquistas. Dando ao cacique, o chefe da tribo, o
maior número de penas. Lembrando que Cacique é um termo dado pelos
colonizadores, nas tribos tupis, o nome correto para o chefe da tribo é
Morubixaba.
Outro papel de grande destaque dentro das tribos eram os
xamãs, também conhecidos como pajés, eram os curandeiros, os dirigentes
espirituais, os ritualistas, eram os que ligavam a sua tribo com o mundo
espiritual, através de ervas, fumo, música ou até mesmo o transe mediúnico. Eram chamados também de feiticeiros.
Uma grande observação sobre a grande maioria das tribos é
que não existiam classes sociais, todos eram tratados com igualdade, mesmo o
cacique e o pajé que recebiam certo destaque pelas suas funções na aldeia.
Outras funções, eram os soldados, os batedores, os
diplomatas, os caçadores, funções importantes para o bom funcionamento da
sociedade indígena.
As Iniciações na maioria das tribos eram ocorridas aos 13
anos, que para os índios era a chegada da fase adulta.
Então para que o Cósmico pudesse nos amparar com todo o conhecimento
perdido, deu a oportunidade espíritos que viveram essa época de grande
conhecimento pudessem voltar e trazer os ensinamentos da época, em minha
opinião, baseado nisso, deu-se a linha de Caboclos.
Uma falange de espíritos antigos, sábios e guerreiros que
possuíam tanta ciência quanto ao do homem Branco, e compreendia muito melhor a
natureza e seus fenômenos sem o uso de tecnologia, apenas com a observação e
experiência e nós fomos agraciados pela volta de tão evoluído povo aos dias
hodiernos.
É uma verdadeira hoste de irmãos, amigos espirituais,
espíritos de grande Luz e Conhecimento que pousam na Egregoras Umbandista. São
espíritos de diversas épocas, dos locais e tribos mais variados que existem.
Alguns viveram em Terras Brasileiras, outras em Terras Estrangeiras. Uns se
apresentam de roupas, mocassins, outros apenas de penacho, descalço, são
espíritos que trazem consigo a cultura em que viveram, que se plasmam em
homenagem aos tempos em que o homem considerava a Natureza, em que o homem era
Panteísta, acreditava que a Energia de Deus estavam em tudo. Importante
salientar que até para matar um animal, o índio orava e agradecia ao Grande Pai
por aquela fartura e matava o suficiente para a tribo.
Eram homens simples, mas que respeitavam a Verdade Universal
e a Lei Cósmica, e hoje estão conosco, na egregoras umbandista para resgatar o
conhecimento perdido.
Tentarei achar uma forma de esmiuçar as falanges e as
legiões dos caboclos de Oxóssi, colocar aqui o que eu acredito em um próximo
post. Vou deixar pendente essa questão porque ainda estou bem confuso em
relação a estrutura da linha de Oxóssi, se é que a mesma exista.
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