Mensagem do Caboclo Guiné
De onde vem essa tristeza no seu peito, esse amargo na boca,
essa quase saudade de coisas que nunca viu e de lugares que nunca visitou?
Acredite, ela vem da sua alma dizendo: “Acorde! ”.
Essa voz interior, que quase nunca ouvimos, sabe tudo de nós.
De mim, de você, dos outros.
Ela sabe, porque é o “Deus interno” de cada um. Não que eu
acredite que exista “um deus externo”, veja bem. Pois Deus É e Está em toda parte,
em tudo, em todos os seres e coisas.
Mas o que estou falando é: existe algo não corpóreo, sempre
a nos lembrar de que não somos corpo, apenas “estamos corpo”. Não é um
trocadilho, é uma maneira de tentar ser claro.
Grande parte do tempo como encarnados, nós passamos como se
“fôssemos corpo”. Esquecemos quem somos nós, de onde viemos e para onde vamos.
Quem somos nós? Quem sou eu e quem é você? Este corpo?
Apenas corpos? Será?
Então, de que vale todo esse Universo construído? De que
vale o amor? De que valem os sonhos que nos inspiram a caminhada? De que valem
a fraternidade, a amizade, a esperança de dias melhores, o trabalho, o estudo,
e tudo o mais?
Não! Tenho a certeza de que não é assim. E, bem lá no
íntimo, todos o sabem.
Por isso a humanidade suspira tanto, e se entristece, e se
deprime; e vagueia entre lugares, coisas e pessoas até que nunca viu, ou que já
se foram. Perdida numa quase saudade- seja lá o que for este sentimento ambíguo
que nos acomete de quando em quando.... Pois a saudade não é ambígua; saudade é
coisa bem clara, objetivada e objetiva, porque se dirige de coração a coração e
é dirigida pelo coração que se deixou banhar de amor e nunca se cansa de amar,
mesmo à distância.
Enfim, vamos concordar, como bons amigos que somos, que
exista a “quase saudade” que às vezes nos atormenta.
Sou humano, sei o que é isto. Já fui mais assim. Agora sou
um pouco menos. Aprendi, estou aprendendo. E amo você, amo a todos. Aprendi,
estou aprendendo.
Por isso estou aqui. Só para lembrar que essa ambiguidade
vem quando vivemos descuidados de saber quem somos nós. E, por não o saber, ou
por termos nos esquecidos, também não nos lembramos de onde viemos e para onde
vamos.
Assim, só o corpo vai indo. E vem a sensação de vazio, a
ambiguidade, para nos fazer refletir e recordar.
Acredite, por sentir naturalmente ou intuitivamente, que nós
levamos o corpo- quando o temos na carne e fora dela, já um tanto modificado e
adaptado à nova condição de desencarnados-; e perceba que não é o corpo que nos
leva.
Mas nos esquecemos disso, às vezes; e a ambiguidade
sobrevém. Parece que nada vale a pena. Parece que outro lugar, outra coisa,
outras pessoas seriam melhores para estarem conosco.
Puro engano...
Então, aquela “voz interior” surge, como Força Amorosa, e
nos vem despertar...
Basta que nos lembremos de que Tudo É Deus. E a ambiguidade
desaparece... O vazio se desfaz, e a Plenitude Se Manifesta.
A ambiguidade só se apresenta a partir da nossa ilusão. A
ilusão de que o visível aos olhos da carne é o real. Como isto não é
verdadeiro, sofremos. Só para nos recordarmos da Essência de todas as coisas e
de todos os seres, de tudo enfim...
Então, acorde! Sinta quem você realmente é!
Você, eu e todos nós, e tudo quanto existe É Deus sendo o
que Ele sempre foi e será!
Não se aparte, não se separe de Deus, que isto não é
possível...
Fora de Deus nada existe, a não ser a ambiguidade, aquela
sensação desconfortável e triste de que algo se perdeu, ou que nos perdemos...
Fiquemos juntos para essa reflexão, que a experiência virá.
Você vai senti-la bem dentro do coração...
Seja muito feliz. Tanto quanto Deus É.
Namastê!
Do seu irmão e amigo de sempre,
Caboclo Guiné.
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