Caboclo Pena Branca
“Sou considerado no mundo dos espíritos como um espírito
encantado, pela sabedoria adquirida junto ao povo do Oriente para realizar
trabalhos no campo da medicina espiritual, no campo da medicina dos encarnados
através das ervas. Espírito encantado a que me refiro é a forma que representa
melhor a minha atuação de trabalho no plano espiritual - “encantado” por atuar
na manipulação da energia de determinadas ervas encantadas.
Tive encarnação, também, no Egito, assim como uma grande
maioria dos espíritos e entidades da Umbanda.
Meu nome é “Caboclo Pena Branca de Oxalá”. Quando eu fui
chamado para servir ao Senhor de todos os espíritos, me deram uma vestimenta
toda branca e um capacete de penas brancas para representar minha última
encarnação que tive como índio e, toda essa vestimenta é branca. Muitas das
vezes, reluzindo tons dourados. Toda essa vestimenta é bem diferente das que
eram usadas de costume pela minha tribo na minha última encarnação, sempre com
penas coloridas.
Falo das minhas vestimentas para que fique claro que tudo
que é material após a passagem continua pairando sobre a Terra. Que na chegada
ao plano espiritual o espírito toma outra forma e carrega consigo novas
vestimentas, só aproveitando da encarnação o que se adquire de sabedoria, para
que seja aproveitada na evolução de cada espírito.
Que todos fiquem em paz. ”
(Mensagem recebida pelo médium Alberto Magno, Equipe Genuína
Umbanda
MENSAGEM DO CABOCLO PENA BRANCA
Psicografia de Mãe Vanessa Cabral
Os tempos são chegados?
Meus filhos,
Urge a necessidade de estudo e aprimoramento,
constantemente.
O que adianta abdicar de algumas horas para o trabalho
mediúnico, seja ela qual for, se os contratempos parecem se sobrepor quando há
de se colocar em prática o aprendizado que de algum modo foi experimentado?
Digo isto, por que todos são convidados diariamente a
exteriorizar o pouco que absorveram das Sessões, pois a maioria prefere ocupar
a mente com pensamentos estapafúrdios.
Somente quando despertarem para o verdadeiro objetivo dos
problemas, verão os mesmos sendo sanados.
Não percam tempo buscando artifícios pessoais para falsas
justificativas na tentativa de ludibriar as emanações vibratórias dos trabalhadores
do lado de cá da vida, que é a mesma que pulsa em todos os cantos do mundo.
Nada daqui difere daí, ao contrário, tudo parece funcionar como uma cópia,
digamos que rabiscada.
Ao invés de exigirem de nós concretizações para que os seus
limitados olhos físicos possam alcançar, busquem enfatizar a luz do
conhecimento que ultrapassa qualquer limitação.
Quando se tem responsabilidade, é permitido saber um pouco
mais da verdade. Mas como se responsabilizar para saber um pouco mais da
verdade, se nem ao menos, não conhece a ti mesmo? É assim que surgem os atos
insanos, praticados com avareza. É por isso que, sabiamente Jesus disse:
“quanto mais lhe será dado, mais lhe será cobrado”.
Parem e olhem para dentro de si mesmos e não perderão mais
tempo para buscar respostas mesquinhas e egoístas que atolam as emoções dos
filhos.
Desdenhar a fé alheia é como tapar o sol com a peneira.
Sejam sinceros para com os outros, procurando esclarecer, independente da
intelectualidade ou da moralidade que se encontram.
Não se atenham a diálogos incrementados, pois estes parecem
mais sedutores. É importante a beleza no falar, mas é essencial a pureza no
olhar. Se não souber o que falar, prefira não dizer nada. Agora, se souber
algo, mesmo que pareça não ser de relevância alguma, basta se expressar
cordialmente.
O medo na maioria das vezes é consequência do egoísmo que
não cabe na fraternidade.
Os tempos são chegados? Não se preocupem, pois estes
ressoarão no interior de cada um de vós e deles ninguém poderá recuar.
Este vil metal que os escraviza não passa de uma façanha,
artimanha que as trevas se aproveitam para potencializar. Portanto, doem mais e
gastem menos. E se acharem que devem ter para compartilhar, vão é se lamentar
quando verem que todos precisam muito mais do que se pode quantificar.
Rogar aos céus um pouco mais de tudo é adquirir do inferno
um muito mais de luto, ou seja, imobilidade perante a mórbida crueldade do
desfalecer da carne que se impõe junto à vaidade.
Apelos externos abrem tantas feridas, que o mais moribundo,
sequioso de emoções extracorpóreas se desvela e é extirpado levando consigo
emergentes sequelas.
O que dizer do algoz? Este ressoa apenas como um animal
feroz. Faz questão em exaltar o instinto, quando na verdade não passa de um
filhote que foi desmamado antes do primeiro grunhido.
Preponderem as dissertações, assim como as lucubrações.
Aquilo que eleva o homem não enaltece a alma, apenas a
mantém encarcerada, prisioneira do anoitecer.
As simples elucidações devem acontecer a todo instante, seja
na vida do eloquente ou na vida do delinquente.
Há muito a semente foi plantada. É necessário praticar, pois
não há mais nada a ser feito. Como dizem, “a sorte foi lançada”: isto não passa
de uma vulgar interpretação da lei de causa e efeito.
Que a consciência seja mútua, nas transformações que
ocorrerão nas vindouras luas.
Que no próximo ano, vocês possam transmutar o adultério que
a coletividade terrena cultiva perante o Cristo. O mais importante serão as
experiências. Dolorosas para uns, esperançosas para outros.
Tudo vai depender do burilamento da fé.
Por CLAUDIA BAIBICH
CABOCLO PENA BRANCA: O IRMÃO UNIVERSAL
O TEXTO ABAIXO É DE AUTORIA DE EDMUNDO PELLIZARI
Em 1929, o poderoso cacique Pena Branca, líder dos índios
Yaki, do México, liderou uma revolta contra a opressão e a injustiça que vitimavam
seu povo. Desde este momento, nas terras americanas, o mito dessa grande
entidade nasceu.
Pena Branca é hoje símbolo de liberdade, autenticidade e
fraternidade.
Entrando em contato com muitos irmãos de cultos
afro-indígenas do México, Caribe e Estados Unidos, fiz essa pergunta a mim
mesmo:
"Será o nosso caboclo Pena Branca, essa mesma entidade
ou um representante dela"...
Certa vez perguntei ao irmão Salinas, curandeiro e médium de
uma tradição espiritualista mexicana, quais as principais entidades que incorporavam
em seu templo. O primeiro nome que ouvi foi: Pena Branca. Em seguida, comentei
que no Brasil, também incorporava um índio do mesmo nome. Ele não se
surpreendeu e disse que outros "Penas" também frequentavam sua sessão
de cura, nada impedindo que fossem as mesmas entidades.
Longe dali, no Caribe, existe uma religião chamada de Vinte
e Uma Divisões ou Vinte e Uma Linhas, que é parecida com a nossa amada Umbanda.
Nos terreiros desse culto, trabalham destemidos espíritos de Índios, Pretos
Velhos, Exús (ali chamados de Candelos) e outros espíritos familiares. Na linha
de índio bravo, uma das Vinte e Uma Linhas, encontramos também o nosso velho
amigo Pena Branca!
Aí ele baixa, firme e elegante, dando brados e vivas
imponentes. Com ele, também incorporam Águia Branca, Índio da Paz e outros
"Penas":
Pena Azul, Pena Negra, Pena Amarela e etc. Nos Estados
sulistas dos Estados Unidos. existem algumas igrejas espíritas... Coisa bem
diferente, pois por fora parece um templo evangélico e por dentro um terreiro.
Os pastores são médiuns e bem íntimos com as manifestações do mundo invisível.
O espírito principal que chefia essas igrejas, as vezes
chamadas de:
"Igrejas Espiritualistas Africanas", é o Chefe
Índio Falcão Negro.
Quando o Chefe Falcão se manifesta, ele puxa outros
companheiros das aldeias do astral, como Nuvem Vermelha, Águia Negra (nomes de
chefes indígenas que existiram) e entre eles está: Pena Branca. Algumas
fraternidades esotéricas americanas, que cultuam os Mestres Ascencionados, com
Saint German, El Morya, e outros bem conhecidos da Nova Era, conhecem um belo
Mestre Curador: Ele aparece como um índio banhado em branca e luminosa luz,
dando sábios conselhos e mensagens, seu nome: Pena Branca!
Em algumas ilhas do Caribe existe um culto chamado Obeah, de
origem africana. Dentro dele sãos celebrados os mistérios dos espíritos de
origem indígena taino, etnia local. Existem muitas entidades indígenas, a
maioria com comportamento muito arredio e nomes de animais, Cobra Verde,
Pantera Negra, Jaguar Dourado e etc.
Quando incorpora a falange do Povo Alado, simboliza pelos
pássaros e morcegos, um deles tem um destaque especial. Este espírito se
apresenta sério, compenetrado, usa tabaco fortíssimo e uma pena branca na cabeça,
e é chamado Índio Pena Branca.
O encontramos novamente na Venezuela, onde existe um culto belíssimo,
semelhante em tudo com a Umbanda de nossa terra. Tem Caboclo, Preto Velho, Exú,
Orixás e tudo de bom. É a tradição de Maria Lionza, a Rainha Mãe da Natureza.
Na Linha Índia, comandada pelo famoso espírito do Cacique Gaicaipuro,
incorporam centenas de caboclos venezuelanos e americanos. Eles trabalham com
pemba, bebidas diversas, água, cocares, maracás e todo o aparato ameríndio.
Chegam bradando e saudando o povo, que procura semanalmente as irmandades em busca
de alívio, socorro material e espiritual.
Certo dia em Bonaire, uma ilhazinha perto da Venezuela, eu
participava de um culto Lionza. Perto do Congá estava um rapaz incorporando um caboclo.
Atento, o índio ouvia pacientemente uma velha senhora e a limpava com um maço
de ervas perfumadas. A senhora chorava muito e tremia. No final da sessão, o
semblante dela havia mudado. Feliz, ela sentou-se no banco da assistência e
orava agradecida. Curioso, eu me aproximei e perguntei o nome da entidade que a
atendeu. A velha irmã respondeu com reverência: O Grande Índio Pena Branca!
O tempo passou, e a pergunta ainda batia dentro da minha
cabeça:
*Será que é o mesmo Pena Branca...
*Terá esse caboclo conhecido da Umbanda viajado tanto
assim...
*Afinal, ele é mexicano, americano ou brasileiro...
*Quem, afinal, nasceu primeiro, o Pena Branca daqui ou o de
lá...
Inquietações de um pesquisador, pois os afilhados e médiuns
de Pena Branca não ficam, creio eu, tão preocupados com a sua origem.
Uma bela noite, em um modesto e tranquilo terreiro
Umbandista do interior paulista, acontecia uma gira de caboclo. A líder do
terreiro abriu o trabalho e incorporou. Seu Pena Branca estava em terra, em todo
o seu esplendor e força. Fiquei atento. Lembrei-me do Caribe e pensava em tudo
isso que agora escrevo aqui.
O Caboclo Pena Branca riscou seu ponto, pediu um charuto,
deu algumas ordens ao Cambono e olhou para onde eu estava. Senti uma estranha
energia percorrer minha espinha. Ele continuou olhando e acenou. Me levantei e
acenei de volta. Foi então que ele falou:
- Filho era eu, se lembra...
- Tem um maço de ervas bem cheiroso para mim...
SALVE SEU PENA BRANCA!!!
Em nome de Deus Todo Poderoso,
Eu invoco o grande Pena Branca,
fiel espírito índio, grande herói,
zelador de meu altar e morada.
A você que me guia e conhece minhas necessidades,
peço proteção e luz.
Livra-me de toda má intenção e inimigos,
ocultos ou manifestados.
Vigia meus caminhos e que nenhum feiticeiro ou bruxo malvado,
possa cruzar comigo.
Amém !
Nenhum comentário:
Postar um comentário