domingo, 9 de dezembro de 2018

AS FALANGES DE TRABALHO NA UMBANDA




Na Umbanda nós não incorporamos Orixás e sim os falangeiros dos Orixás que são entidades evoluídas espiritualmente que veem trabalhar nas giras de Umbanda.
Falanges: são agrupamentos de espíritos afins que possuem a mesma vibração.
São elas: Pretos velhos, Caboclos, Povo das Ruas, Beijadas, Boiadeiros, Ciganos, Orientais e Mestres que trabalham na cura.

OS CABOCLOS

São entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue.
Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa aura e proporcionam uma energia de força que irá auxiliar-nos para que consigamos o objetivo que desejamos, não existe trabalhos de magia que possam lhe dar empregos e favores, isso não é verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepara-lo para que nós consigamos o nosso objetivo.
A magia praticada pelos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa. Eu sei que infelizmente, existem vários terreiros que praticam essa magia inferior, mas estes são os magos negros, que para disfarçar o seu verdadeiro propósito, se escondem em terreiros ditos de Umbanda para que possam atrair as pessoas e desenvolver as suas práticas negativas, com promessas falsas que sabemos nunca são atendidas.
Mais graças a Oxalá, esses terreiros estão acabando, pois, o povo essa tendo um maior conhecimento e buscando a verdade e é através desse caminho, de busca da verdade, que esse templo de Umbanda pretende ensinar a todos, o verdadeiro caminho da fé.
Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, seus pontos riscados, grafia sagrada dos Orixás, traduzem a mais forte magia que existe atualmente, é através desses pontos que são feitas limpezas e evocações de elementais e Orixás para diversos fins, mais à frente falaremos um pouco mais sobre os pontos riscados de Umbanda.
Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, (giz de várias cores imantados na energia de cada Orixá), velas, geralmente de cera, essências, flores, ervas, frutas, charutos e incenso. Todo esse material será disposto encima de uma mandá-la ou ponto riscado, para que esse direcione o trabalho.
Quando fazemos um trabalho para uma entidade de Umbanda e colocamos algum prato de comida, como pôr exemplo espigas de milho cozidas com mel, essa comida não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de comida, o alimento que está ali depositado, serve como alimento espiritual, isto é, a energia que emana daquela comida e transmutada e utilizada para o trabalho de magia a favor do consulente, da mesma forma o charuto que a entidade está fumando é usado para limpeza, do consulente através da fumaça e das orações que estas entidades fazem no momento da limpeza, são os chamados passes de Umbanda.
Muitas vezes a Umbanda é criticada e chamada de baixo espiritismo, pois seus guias fumam e bebem, mais estas críticas se devem a uma falta de conhecimento da magia ritual que a Umbanda pratica, desde o início, com tanta maestria e poder, e sempre o fará para o bem de todos.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

O INCENSO NAS FALANGES CIGANAS




"Alguns dos incensos e suas funções astrais:

MADEIRA: para abrir os caminhos
ALMÍSCAR: para favorecer os romances
JASMIM: para o amor
 LOTUS: paz, tranqüilidade
 BENJOIM: para proteção e limpeza
 SÂNDALO: para estabelecer relação com o astral
 MIRRA: incenso sagrado usado para limpar após os rituais e durante eles e também usado quando vai se desfazer alguma demanda ou feitiço.
 LARANJA: para acalmar alguém ou ambiente.

Todo incenso deve ser usado com cautela nunca em demasia como fazem algumas pessoas e deve ser sempre dirigido a alguma causa. Não deve ser utilizado simplesmente por usar, por nada ou sem motivo, deve sempre ter um dono que o receba e que tenha seu nome pronunciado no momento do pedido. O incenso é um expediente sagrado e tem sido usado em rituais sagrados de toda espécie desde que o homem é homem. Mantém um poder grande de evocação espiritual e astral e não deve ser usado tão somente para perfumar ambientes ou sem causa porque sempre estaria alcançando uma egrégora qualquer com a vibração que provoca e que está quieta em seu lugar, tem o condão de atrair energia de toda espécie e dos dois planos astrais, negativo e positivo, tem força de ritual e de alimento também, tem força de rejeição ou de atração dependendo do patamar alcançado e da situação especial de quem as ascende. É por demais conhecido no mundo da mística astral e por vezes seu uso ou o que emana no mundo imaterial chega a ser disputado quando não pertence a ninguém que o esteja recebendo, podendo muitas vezes provocar visitas ansiosas por novos incensos a serem utilizados.

Pode parecer simples e de nenhuma gravidade, bem como aconselhado em outras egregoras como de bom agouro e condutor de sorte, limpeza e bom astral, em algumas vezes até como calmante ou nivelação energética de ambientes, contudo, seu uso como tudo no mundo deve ser feito com o critério necessário e mantida a relação correta com o que e quem se pretende atingir, na sua ardência e utilização, sem contar com as preferencias milenares já existentes em alguns casos, no mundo imaterial por uma avalanche de viventes e energias de tipos diversos. O uso inadvertido ou pouco conhecido de determinados instrumentos destinados, regra geral a rituais, consagrações e outros tantos motivos, não é aconselhável. Fato que nos leva à necessidade de orientação, pesquisa e instrução à respeito. As coisas que por vezes nos parecem muito simples e que por qualquer motivo nos faz um aparente bem, mas que não esteja dentro de nosso domínio de conhecimento, requer maior atenção e aprendizado.

Quando se tratar de espírito cigano, com certeza ele indicará o incenso de sua preferencia ou de sua necessidade naquele momento, regra geral o incenso mantêm sempre correspondência com a área de atuação dele ou dela ou do trabalho que estará sendo levado a efeito. Quando se tratar de oferendas e já não estiver estipulado o incenso certo para acompanhar e houver sua necessidade solicitada, bem como nas consagrações o incenso que deve acompanhar devera sempre ser o de maior correspondência com o próprio cigano ou cigana. No caso de uma oferenda normal e tão somente necessária para manutenção, agrado ou tratamento sugere-se o incenso espiritual ou de rosa, que mantém efeito de evocação de leveza, de elevação ou mesmo de louvação espiritual.

Quando se pretender que alguma coisa , objeto ou ambiente seja bem energizado, ou mesmo se tratar de alguma consagração de algum instrumento utilizado por eles, e for feito sem a participação efetiva do cigano ou cigana e com a devida autorização, pode-se usar o incenso de ópio ou mesmo sândalo, se nenhum foi indicado. É interessante que se tenha sempre a mão esses incensos, no caso de algum cigano pedir para exercer qualquer vibração de energização em algum objeto qualquer que deseje dar ou mesmo prepara para alguém".

Trecho extraído do livro
"Rituais e Mistérios do Povo Cigano"
de Nelson Pires Filho.

Ed. Madras

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Caboclo Morubixaba






No Brasil também tivemos grandes tribos como os tupinambás, aimorés, que tinham um rico conhecimento sobre os mistérios do Universo, hoje conhecido como física.
Conheciam ervas, a posição das estrelas, o movimento da Terra, algumas tribos indígenas, assim como os astecas, possuíam até observatório astronômico. Então, muita coisa antes da tecnologia do homem branco já era existente, com o empenho, estudo e dedicação dos índios.
Os índios também possuíam uma sociedade organizada, baseada em hierarquias e tarefas dentro da tribo, as penas indicavam as iniciações decorrentes de trabalhos e conquistas. Dando ao cacique, o chefe da tribo, o maior número de penas. Lembrando que Cacique é um termo dado pelos colonizadores, nas tribos tupis, o nome correto para o chefe da tribo é Morubixaba.
Outro papel de grande destaque dentro das tribos eram os xamãs, também conhecidos como pajés, eram os curandeiros, os dirigentes espirituais, os ritualistas, eram os que ligavam a sua tribo com o mundo espiritual, através de ervas, fumo, música ou até mesmo o transe mediúnico.  Eram chamados também de feiticeiros.
Uma grande observação sobre a grande maioria das tribos é que não existiam classes sociais, todos eram tratados com igualdade, mesmo o cacique e o pajé que recebiam certo destaque pelas suas funções na aldeia.
Outras funções, eram os soldados, os batedores, os diplomatas, os caçadores, funções importantes para o bom funcionamento da sociedade indígena.
As Iniciações na maioria das tribos eram ocorridas aos 13 anos, que para os índios era a chegada da fase adulta.
Então para que o Cósmico pudesse nos amparar com todo o conhecimento perdido, deu a oportunidade espíritos que viveram essa época de grande conhecimento pudessem voltar e trazer os ensinamentos da época, em minha opinião, baseado nisso, deu-se a linha de Caboclos.
Uma falange de espíritos antigos, sábios e guerreiros que possuíam tanta ciência quanto ao do homem Branco, e compreendia muito melhor a natureza e seus fenômenos sem o uso de tecnologia, apenas com a observação e experiência e nós fomos agraciados pela volta de tão evoluído povo aos dias hodiernos.
É uma verdadeira hoste de irmãos, amigos espirituais, espíritos de grande Luz e Conhecimento que pousam na Egregoras Umbandista. São espíritos de diversas épocas, dos locais e tribos mais variados que existem. Alguns viveram em Terras Brasileiras, outras em Terras Estrangeiras. Uns se apresentam de roupas, mocassins, outros apenas de penacho, descalço, são espíritos que trazem consigo a cultura em que viveram, que se plasmam em homenagem aos tempos em que o homem considerava a Natureza, em que o homem era Panteísta, acreditava que a Energia de Deus estavam em tudo. Importante salientar que até para matar um animal, o índio orava e agradecia ao Grande Pai por aquela fartura e matava o suficiente para a tribo.
Eram homens simples, mas que respeitavam a Verdade Universal e a Lei Cósmica, e hoje estão conosco, na egregoras umbandista para resgatar o conhecimento perdido.
Tentarei achar uma forma de esmiuçar as falanges e as legiões dos caboclos de Oxóssi, colocar aqui o que eu acredito em um próximo post. Vou deixar pendente essa questão porque ainda estou bem confuso em relação a estrutura da linha de Oxóssi, se é que a mesma exista.

CABOCLO DA MATA VIRGEM





Esses viveram mais interiorizados nas matas, sem nenhum contato com outros povos.Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão.Torna-se de grande importância conhecermos esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Mais ainda existe as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros.

A primeira é a "especialidade" de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.
A segunda é diferença criada pela irradiação que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham. Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho. A "personalidade" de um caboclo se dá pela junção de sua "origem", "especialidade" e irradiação que o rege.

Caboclo Guiné



Mensagem do Caboclo Guiné


De onde vem essa tristeza no seu peito, esse amargo na boca, essa quase saudade de coisas que nunca viu e de lugares que nunca visitou? Acredite, ela vem da sua alma dizendo: “Acorde! ”.
Essa voz interior, que quase nunca ouvimos, sabe tudo de nós. De mim, de você, dos outros.
Ela sabe, porque é o “Deus interno” de cada um. Não que eu acredite que exista “um deus externo”, veja bem. Pois Deus É e Está em toda parte, em tudo, em todos os seres e coisas.
Mas o que estou falando é: existe algo não corpóreo, sempre a nos lembrar de que não somos corpo, apenas “estamos corpo”. Não é um trocadilho, é uma maneira de tentar ser claro.
Grande parte do tempo como encarnados, nós passamos como se “fôssemos corpo”. Esquecemos quem somos nós, de onde viemos e para onde vamos.
Quem somos nós? Quem sou eu e quem é você? Este corpo? Apenas corpos? Será?
Então, de que vale todo esse Universo construído? De que vale o amor? De que valem os sonhos que nos inspiram a caminhada? De que valem a fraternidade, a amizade, a esperança de dias melhores, o trabalho, o estudo, e tudo o mais?
Não! Tenho a certeza de que não é assim. E, bem lá no íntimo, todos o sabem.
Por isso a humanidade suspira tanto, e se entristece, e se deprime; e vagueia entre lugares, coisas e pessoas até que nunca viu, ou que já se foram. Perdida numa quase saudade- seja lá o que for este sentimento ambíguo que nos acomete de quando em quando.... Pois a saudade não é ambígua; saudade é coisa bem clara, objetivada e objetiva, porque se dirige de coração a coração e é dirigida pelo coração que se deixou banhar de amor e nunca se cansa de amar, mesmo à distância.
Enfim, vamos concordar, como bons amigos que somos, que exista a “quase saudade” que às vezes nos atormenta.
Sou humano, sei o que é isto. Já fui mais assim. Agora sou um pouco menos. Aprendi, estou aprendendo. E amo você, amo a todos. Aprendi, estou aprendendo.
Por isso estou aqui. Só para lembrar que essa ambiguidade vem quando vivemos descuidados de saber quem somos nós. E, por não o saber, ou por termos nos esquecidos, também não nos lembramos de onde viemos e para onde vamos.
Assim, só o corpo vai indo. E vem a sensação de vazio, a ambiguidade, para nos fazer refletir e recordar.
Acredite, por sentir naturalmente ou intuitivamente, que nós levamos o corpo- quando o temos na carne e fora dela, já um tanto modificado e adaptado à nova condição de desencarnados-; e perceba que não é o corpo que nos leva.
Mas nos esquecemos disso, às vezes; e a ambiguidade sobrevém. Parece que nada vale a pena. Parece que outro lugar, outra coisa, outras pessoas seriam melhores para estarem conosco.
Puro engano...
Então, aquela “voz interior” surge, como Força Amorosa, e nos vem despertar...
Basta que nos lembremos de que Tudo É Deus. E a ambiguidade desaparece... O vazio se desfaz, e a Plenitude Se Manifesta.
A ambiguidade só se apresenta a partir da nossa ilusão. A ilusão de que o visível aos olhos da carne é o real. Como isto não é verdadeiro, sofremos. Só para nos recordarmos da Essência de todas as coisas e de todos os seres, de tudo enfim...
Então, acorde! Sinta quem você realmente é!
Você, eu e todos nós, e tudo quanto existe É Deus sendo o que Ele sempre foi e será!
Não se aparte, não se separe de Deus, que isto não é possível...
Fora de Deus nada existe, a não ser a ambiguidade, aquela sensação desconfortável e triste de que algo se perdeu, ou que nos perdemos...
Fiquemos juntos para essa reflexão, que a experiência virá. Você vai senti-la bem dentro do coração...
Seja muito feliz. Tanto quanto Deus É.
Namastê!
Do seu irmão e amigo de sempre,
Caboclo Guiné.

Caboclo Gira Mundo






Em abril de 1962, a sessão religiosa daquele dia transcorria com toda normalidade, no templo da Associação de Pesquisas Espirituais Ubatuba. Em dado momento, ali chegou um grupo de pessoas que pela primeira vez visitava a Casa Dona Eulália apesar de não ser adepta da doutrina umbandista, fora consultar o Caboclo Ubatuba, fazendo-se acompanhar de seus familiares, na última tentativa de localizar o filho Rodrigo de apenas dez anos, desaparecido havia mais de uma semana de sua residência. Contou à Entidade já haver percorrido todos os hospitais da região, delegacias de polícia circunvizinhas, juizados de menores, casas de parentes e amigos e até o necrotério do I.M.L., sem lograr qualquer êxito.

O delegado, presidindo o caso, após realizar intensas buscas e investigações sem nenhum sucesso, havia declarado que pela sua experiência em fatos semelhantes, o menor só poderia estar morto em algum matagal, vítima talvez de algum estuprador. As esperanças da mãe haviam se esvaído e já estava até conformada com aquela suposição, mas era necessário encontrar o cadáver e isso não havia acontecido.
O Caboclo, com a calma característica de sempre, fitou-a de cima a baixo, virou-se para o pajé, proferiu algumas palavras que ninguém soube traduzir e de volta a consulente foi categórico: - Seu filho não está morto, mas passeando num lugar distante daqui. Vou determinar a meu auxiliar, Caboclo Vira-Mundo, para ir busca-lo e dentro de, no máximo, três dias, ele estará novamente em sua companhia. "Na época participava das giras, o Sr. Antônio, excelente médium, em cuja coroa vibrava o "seu" Vira-Mundo. Após concentrar-se por ordem do Caboclo Ubatuba e sob a entoação do seu ponto cantado, desceu no terreiro aquela Entidade, solicitando de imediato uma pemba com a qual firmou seu ponto riscado aos pés dos atabaques, onde colocou a fotografia do menino, levada pela família, subindo em seguida a ló (foi embora) para dar cumprimento à missão. Notava-se nos olhos daquelas pessoas um misto de desconfiança e esperança, retirando-se ainda bastante amarguradas.
Pois bem. Dois dias depois, um caminhão trafegava pelão município de Guarujá, quando, repentinamente, uma pane no motor obrigou o motorista a parar para uma averiguação. Tão logo estacionou, percebeu a presença de um menino sentado na calçada, sujo, assustado e faminto; de imediato o reconheceu, perguntando - "O que está fazendo por aqui. Passeando?" - “Não - Esclareceu o garoto - eu me afastei um pouco de casa e tentando regressar me perdi. Fui pedindo carona daqui para ali e terminei neste lugar, onde não sei sequer o nome". O caminhoneiro mandou-o subir na boleia e disse que o traria de volta, pois era seu vizinho e conhecia-lhe os familiares.
Deu partida no veículo, rodou uns cinquenta metros e só então se lembrou de não haver verificado o defeito que o obrigara a parar e, no entanto, curiosamente, o caminhão rodava perfeitamente, sem apresentar qualquer falha. Ficou perplexo com o acontecido, todavia, não chegou a ligar os fatos, somente ao chegar em casa é que os familiares de Rodrigo comentaram haver ido ao terreiro e talvez fora por imposição das entidades que o defeito se apresentara, formando uma corrente de coincidências e culminando com a alegria do reencontro.
Vejam, leitores, a responsabilidade da entidade afirmando encontra-se o menino vivo e contradizendo a suposição do experiente delegado. Fatos como este alimentam mais a nossa fé e nos fazem crer que no plano onde nos encontramos somos muito vulneráveis e ignorantes, diante da Sabedoria do Astral Superior.


Referências

Orphanake, J. Edson, Os Caboclos, Editora Pindorama, 1994

Caboclo Flecheiro das Matas Virgens


Um dos Caboclos mais antigos da Umbanda. A origem desta falange está nas tribos 'Bantu' (negros originários da Angola). No Brasil, encontramos o Caboclo Flecheiro na condição de conselheiro e orientador.                   
Grande conhecedor das ervas e sua utilização. Pois a sua função está associada a limpeza e proteção contra as demandas e vibrações negativas. Nos trabalhos espirituais este Caboclo é excelente no exercício de “passes”, pois, por ter seu fundamento em Oxalá, torna-se uma Entidade de grande valia para manter a disciplina e a harmonia nos ambientes em que trabalha. Gosta de frutas e vinhos doces.


Ponto do Caboclo Flecheiro


Uma Flecha Zuniu No Ar
Quem Seria Tão Forte Arqueiro?
Quando Estrela Brilhou Na Mata Virgem
Pude ver O Caboclo Flecheiro!
Linda Barquinha Nova
Que Vem Do Mar De Lisboa!
Nossa Senhora Vem Dentro
Seu Flecheiro Vem Na Proa!
O Seu Flecheiro Passeava Na Jurema
Estrela D’alva iluminava A Mata Virgem!
Águas De Oxum Corriam
Na Cachoeira Saravá
Meu Pai Flecheiro!


ORAÇÃO AO CABOCLO FLECHEIRO

Oh meu Guia, protetor e irmão.
Toma sua flecha certeira e me aponte o caminho da prosperidade.
Que seu brado ecoe à minha volta, livrando-me de todas as vibrações contrárias à minha felicidade.
Que eu saiba perceber tua presença em minhas intuições e atitudes.
Faz de mim um instrumento da alegria e da prosperidade.
Meu querido e amado Caboclo Flecheiro, fiel aos seus ensinamentos, peço-te que me atenda nas minhas necessidades (faça o pedido).
Por tudo isso dou graças ao Criador e a ti confio meus caminhos.

Oke Caboclo!!

Caboclo Cobra Coral





O caboclo cobra coral, é muito respeitado dentro da umbanda, e também até fora dela, basta ver o trabalho que a fundação cobra coral faz no Brasil. Caboclo de um respeito, muito grande pelo ser humano e suas fraquezas, ele também é conhecido no mundo espiritual, pelo seu trabalho, trabalhador incansável que é, em prol da umbanda. Já no astral, os chefes do submundo o conhecem e temem, pois, seu trabalho já se fez sentir também por la.
O caboclo cobra coral, trabalha também com elementais e elementares, aliás eles estão dentro dos terreiros de umbanda mais que imaginamos. Ao começar seu trabalho, ele se faz acompanhar previamente de um ou dois elementais, que retiram da terra, e dos vegetais fluidos para descarregar os filhos de fé que a sua procura vem. Aliás, este é o motivo pelo qual muitos dos caboclos de sua falange não fumam (muitos, não todos).
Cobra coral, não faz o mal, ele só faz o bem. Se você ver ou ouvir um caboclo cobra coral fazer o mal, duvide, pois este não é um verdadeiro cobra coral...
Ele é muito gentil, e fala quase que corretamente o português. Você não verá o caboclo cobra coral, tratar alguém com grosserias, se ouvir o médium pode estar confundindo algumas coisas.
Cacique flecheiro, comanda uma legião de espíritos que se equivalem pelo saber e companheirismo uns com os outros. Numa demanda, sabem como vence-la sem deixar mágoas, e não raras vezes, os desafetos fazem as pazes.
Trabalhador, incansável, lida com os quatro elementos e quase sempre se ouvirá falar bem dele.
Ao contrário do que se parece, o caboclo cobra coral tinha uma cobra, mas essa cobra era uma jiboia. Que após a morte dela foi trocada por uma sucuri (que coisa, não).
O nome?
O nome ele, ganhou devido a pintura de seu rosto nas batalhas de sua tribo com as tribos do norte do Pará.
Quem tem, Xangô, Oxóssi, Yansan, e Oxum em seu camutue terá certamente a proteção deste caboclo.


Caboclo Cobra Coral

Caboclo Cobra Coral foi um índio de origem asteca. Ele é o guia chefe do Terreiro. Na Umbanda ele trabalha na vibração de Xangô, que está presente no cume das pedreiras, nas cachoeiras e nas matas. Quando falamos do Caboclo Cobra Coral, falamos também da supremacia da Umbanda, que é uma religião, formada dentro da cultura religiosa brasileira incluindo vários elementos, inclusive de outras religiões. Foi no Brasil que os espíritos indígenas de diferentes posições geográficas encontraram dentro de uma Espiritualidade a verdadeira oportunidade de evolução. Na língua portuguesa, o significado de caboclo é o mestiço de branco com o indígena. A história oficializou o início da Umbanda no Brasil em 1908, com a incorporação do Caboclo Sete Encruzilhadas, porém foram encontradas publicações de que em 1890, o Caboclo Cobra Coral era incorporado por um jovem de 16 anos e que praticava a caridade conforme os fundamentos da Umbanda. O Caboclo Cobra Coral, como todo caboclo, conserva a vibração primária de Oxossi, porém com grande atuação na vibração original da linha de Xangô, que no sincretismo religioso corresponde ao São Jerônimo, representante da Justiça divina, da lei Kármica, é o dirigente das almas, o senhor da balança universal que fortalece o nosso estado espiritual. Cobra Coral é um índio tranquilo e sábio, profundo conhecedor das magias e das curas. Conhece os segredos dos animais peçonhentos, sua imagem é de um cacique alto, traz um tacape na mão esquerda e uma cobra coral na mão direita e outra na cintura. Ele não é apenas famoso no mundo físico, também no plano espiritual se conhece bem a sua fama. Muito temido pelos espíritos de ordem inferior, sendo conhecido no submundo astral como "O Grande Cobra Coral". No submundo astral muito espíritos inferiores e chefes de agrupamentos têm verdadeiro pavor em encontrá-lo. No mundo dos grandes mágicos e magos, ele é conhecido como "O mago do Cajado da Cobra". Cobra Coral chefe da falange de origem asteca, foi a encarnação do físico e astrônomo Italiano Galileu Galilei no século XVII, considerado o pai da matemática e do ex-presidente norte americano Abraão Lincoln. A sua última encanação foi no norte do Brasil, na cidade de Cercania fronteira do Pará. O Caboclo Cobra Coral, é o emblema da pureza e da magia. A fé que habita em cada um de nós é particular. Ela cresce se solidifica, e os anos mudam o nosso caráter e cria comportamentos que irão nos diferencias por toda a nossa vida


Caboclo Arranca Toco



Seu Arranca Toco é um caboclo muito conhecido, mas alguns desconhecem sua origem, este guia é o chefe da falange dos Caboclos de Ọbàlúwayè, esses caboclos são raros, pois são espíritos dos antigos "bruxos" das tribos indígenas. São perigosos, por isso só filhos de Ọmọlu de primeira coroa possuem esses caboclos. Sua incorporação parece um Preto-velho, locomovem-se apoiados em cajados. Movimentam-se pouco. Fazem trabalhos de magia, para vários fins.

A história conhecida deste caboclo é que foi um feiticeiro e que ajudava muito sua tribo ensinando o poder das ervas, fontes não concretas dizem que vivia numa tribo na América Central e foi morto na colonização dos espanhóis.
O seu modo de agir em terra é parecido com os Exus, não são de falar muito preferem efetuar seu principal trabalho que é transformar energias negativas em boas, espiritualmente os caboclos desta falange são grandes pajés e feiticeiros e tem um grande conhecimento de ervas, o principal subordinado do Caboclo Arranca Toco é o Caboclo Araúna que também trabalha na linha de Ọbàlúwayè. Outros caboclos desta linha são: Caboclo Jacuri, Jariuna, Caramuru, Bugre, Iucatan, Pena Roxa, Pena Preta, Caboclo Roxo, Uiratan, Pantera Negra, Jaguariúna, Bauru.
O sufixo "Una" quer dizer "Negra" em tupi sendo assim todo caboclo que usar isto no nome tem ligação com Ọbàlúwayè.

Que Oxalá nos abençoe sempre.

É o chefe da falange dos caboclos de Ọbàlúwayè, esses caboclos são raros, pois são espíritos dos antigos "bruxos" das tribos indígenas.
Foi um feiticeiro e ajudava sua tribo ensinando o poder das ervas. O seu modo de agir é parecido com Exu, não é de falar muito, o principal subordinado do Caboclo Arranca Toco é o Caboclo Araúna que também trabalha na linha de Ọbàlúwayè. Outros caboclos desta linha são: Caboclo Jacuri, Jariuna, Caramuru, Bugre, Iucatan, Pena Roxa, Pena Preta, Caboclo Roxo, Uiratan, Pantera Negra, Jaguariúna, Bauru.
O sufixo "Una" quer dizer "Negra" em tupi sendo assim todo caboclo que usar isto no nome tem ligação com Ọbàlúwayè.

Cabocla Jupira



 Diz sua história que a Cabocla Jupira é a primeira filha da Cabocla Jurema com o Caboclo Sete-Flechas.
Irmã de Jandira, Jacira e Jaciara.
A energia vibracional da Cabocla Jupira vibra com Iansã, por ser a filha "primeira" ela descende de sua energia pura, sendo assim é uma cabocla de Iansã com Oxóssi, energia herdada do Caboclo Sete-Flechas. Enquanto a Jandira, e Jacira fundem-se em energias de outros Orixás.
Suas cores principais são o Amarelo, Verde e Vermelho, podendo usar o Azul Anil. Por se ligar a Iansã não é difícil vê-la em giras para Xangô.
Quando está em terra a Cabocla Jupira tem uma postura muito firme, com olhos cerrados, diferente de outras caboclas e é uma das únicas que usa penacho.
Jupira é a princesa das matas, guerreira que mora no Jacutá.
Trabalha em descarregos e principalmente na limpeza dos ambientes. Suas cores principais são o Amarelo, Verde e Vermelho, podendo usar o Azul Anil.

Jupira – A Cabocla Flecheira

Essa índia guerreira viveu entre os índios Caetés, no interior de Alagoas. Sua tribo praticava o canibalismo em rituais de sacrifício, como forma de preservar a raça e mostrar sua força aos conquistadores.

Essa índia de nome Jupira, era veloz, inquieta e sabia manejar a lança como ninguém. Seu pai não gostava que ela se envolvesse em pendengas masculinas, mas não conseguia contê-la. Era ardente como o Sol, inquieta como o Vento e escorregadia como a Água. Sabia ocultar-se nas matas e usar o arco e flecha com destreza.

Os portugueses invadiram suas terras e investiram contra os índios com furor. Alguns conseguiram se salvar fugindo para o interior das matas não conquistadas. A Cabocla Jupira quedou em combate ao lado de seu noivo Juperê e de sua tribo. Morreu fazendo aquilo que mais gostava de fazer: lutar! Por isso, hoje ela trabalha na Linha de Iansã e sabe como lutar para vencer demandas!

Cabocla Jupira Estava Em Festa...
Toda Floresta Estava Em Festa
Porque cantou O Uirapuru!
No Seu Cantar
Ele veio anunciar
Pois A Cabocla Jupira
Vai chegar!

Ela vem de longe, de longe lá do Jacutá.
No capacete três penas no braço uma Cobra Coral
Ela é a cabocla Jupira
Cabocla primeira da força da Jurema, aqui desmancha todo mal
Que Oxalá nos abençoe sempre Saravá'.

Por Ọmọrodé










Mensagem do Caboclo Pena Branca



Caboclo Pena Branca

“Sou considerado no mundo dos espíritos como um espírito encantado, pela sabedoria adquirida junto ao povo do Oriente para realizar trabalhos no campo da medicina espiritual, no campo da medicina dos encarnados através das ervas. Espírito encantado a que me refiro é a forma que representa melhor a minha atuação de trabalho no plano espiritual - “encantado” por atuar na manipulação da energia de determinadas ervas encantadas.
Tive encarnação, também, no Egito, assim como uma grande maioria dos espíritos e entidades da Umbanda.
Meu nome é “Caboclo Pena Branca de Oxalá”. Quando eu fui chamado para servir ao Senhor de todos os espíritos, me deram uma vestimenta toda branca e um capacete de penas brancas para representar minha última encarnação que tive como índio e, toda essa vestimenta é branca. Muitas das vezes, reluzindo tons dourados. Toda essa vestimenta é bem diferente das que eram usadas de costume pela minha tribo na minha última encarnação, sempre com penas coloridas.
Falo das minhas vestimentas para que fique claro que tudo que é material após a passagem continua pairando sobre a Terra. Que na chegada ao plano espiritual o espírito toma outra forma e carrega consigo novas vestimentas, só aproveitando da encarnação o que se adquire de sabedoria, para que seja aproveitada na evolução de cada espírito.
Que todos fiquem em paz. ”

(Mensagem recebida pelo médium Alberto Magno, Equipe Genuína Umbanda

MENSAGEM DO CABOCLO PENA BRANCA
Psicografia de Mãe Vanessa Cabral

Os tempos são chegados?


Meus filhos,
Urge a necessidade de estudo e aprimoramento, constantemente.
O que adianta abdicar de algumas horas para o trabalho mediúnico, seja ela qual for, se os contratempos parecem se sobrepor quando há de se colocar em prática o aprendizado que de algum modo foi experimentado?
Digo isto, por que todos são convidados diariamente a exteriorizar o pouco que absorveram das Sessões, pois a maioria prefere ocupar a mente com pensamentos estapafúrdios.
Somente quando despertarem para o verdadeiro objetivo dos problemas, verão os mesmos sendo sanados.
Não percam tempo buscando artifícios pessoais para falsas justificativas na tentativa de ludibriar as emanações vibratórias dos trabalhadores do lado de cá da vida, que é a mesma que pulsa em todos os cantos do mundo. Nada daqui difere daí, ao contrário, tudo parece funcionar como uma cópia, digamos que rabiscada.
Ao invés de exigirem de nós concretizações para que os seus limitados olhos físicos possam alcançar, busquem enfatizar a luz do conhecimento que ultrapassa qualquer limitação.
Quando se tem responsabilidade, é permitido saber um pouco mais da verdade. Mas como se responsabilizar para saber um pouco mais da verdade, se nem ao menos, não conhece a ti mesmo? É assim que surgem os atos insanos, praticados com avareza. É por isso que, sabiamente Jesus disse: “quanto mais lhe será dado, mais lhe será cobrado”.
Parem e olhem para dentro de si mesmos e não perderão mais tempo para buscar respostas mesquinhas e egoístas que atolam as emoções dos filhos.
Desdenhar a fé alheia é como tapar o sol com a peneira. Sejam sinceros para com os outros, procurando esclarecer, independente da intelectualidade ou da moralidade que se encontram.
Não se atenham a diálogos incrementados, pois estes parecem mais sedutores. É importante a beleza no falar, mas é essencial a pureza no olhar. Se não souber o que falar, prefira não dizer nada. Agora, se souber algo, mesmo que pareça não ser de relevância alguma, basta se expressar cordialmente.
O medo na maioria das vezes é consequência do egoísmo que não cabe na fraternidade.

Os tempos são chegados? Não se preocupem, pois estes ressoarão no interior de cada um de vós e deles ninguém poderá recuar.
Este vil metal que os escraviza não passa de uma façanha, artimanha que as trevas se aproveitam para potencializar. Portanto, doem mais e gastem menos. E se acharem que devem ter para compartilhar, vão é se lamentar quando verem que todos precisam muito mais do que se pode quantificar.
Rogar aos céus um pouco mais de tudo é adquirir do inferno um muito mais de luto, ou seja, imobilidade perante a mórbida crueldade do desfalecer da carne que se impõe junto à vaidade.
Apelos externos abrem tantas feridas, que o mais moribundo, sequioso de emoções extracorpóreas se desvela e é extirpado levando consigo emergentes sequelas.
O que dizer do algoz? Este ressoa apenas como um animal feroz. Faz questão em exaltar o instinto, quando na verdade não passa de um filhote que foi desmamado antes do primeiro grunhido.
Preponderem as dissertações, assim como as lucubrações.
Aquilo que eleva o homem não enaltece a alma, apenas a mantém encarcerada, prisioneira do anoitecer.
As simples elucidações devem acontecer a todo instante, seja na vida do eloquente ou na vida do delinquente.
Há muito a semente foi plantada. É necessário praticar, pois não há mais nada a ser feito. Como dizem, “a sorte foi lançada”: isto não passa de uma vulgar interpretação da lei de causa e efeito.
Que a consciência seja mútua, nas transformações que ocorrerão nas vindouras luas.
Que no próximo ano, vocês possam transmutar o adultério que a coletividade terrena cultiva perante o Cristo. O mais importante serão as experiências. Dolorosas para uns, esperançosas para outros.
Tudo vai depender do burilamento da fé.

Por CLAUDIA BAIBICH


CABOCLO PENA BRANCA: O IRMÃO UNIVERSAL

O TEXTO ABAIXO É DE AUTORIA DE EDMUNDO PELLIZARI


Em 1929, o poderoso cacique Pena Branca, líder dos índios Yaki, do México, liderou uma revolta contra a opressão e a injustiça que vitimavam seu povo. Desde este momento, nas terras americanas, o mito dessa grande entidade nasceu.
Pena Branca é hoje símbolo de liberdade, autenticidade e fraternidade.
Entrando em contato com muitos irmãos de cultos afro-indígenas do México, Caribe e Estados Unidos, fiz essa pergunta a mim mesmo:
"Será o nosso caboclo Pena Branca, essa mesma entidade ou um representante dela"...
Certa vez perguntei ao irmão Salinas, curandeiro e médium de uma tradição espiritualista mexicana, quais as principais entidades que incorporavam em seu templo. O primeiro nome que ouvi foi: Pena Branca. Em seguida, comentei que no Brasil, também incorporava um índio do mesmo nome. Ele não se surpreendeu e disse que outros "Penas" também frequentavam sua sessão de cura, nada impedindo que fossem as mesmas entidades.
Longe dali, no Caribe, existe uma religião chamada de Vinte e Uma Divisões ou Vinte e Uma Linhas, que é parecida com a nossa amada Umbanda. Nos terreiros desse culto, trabalham destemidos espíritos de Índios, Pretos Velhos, Exús (ali chamados de Candelos) e outros espíritos familiares. Na linha de índio bravo, uma das Vinte e Uma Linhas, encontramos também o nosso velho amigo Pena Branca!
Aí ele baixa, firme e elegante, dando brados e vivas imponentes. Com ele, também incorporam Águia Branca, Índio da Paz e outros "Penas":
Pena Azul, Pena Negra, Pena Amarela e etc. Nos Estados sulistas dos Estados Unidos. existem algumas igrejas espíritas... Coisa bem diferente, pois por fora parece um templo evangélico e por dentro um terreiro. Os pastores são médiuns e bem íntimos com as manifestações do mundo invisível.
O espírito principal que chefia essas igrejas, as vezes chamadas de:
"Igrejas Espiritualistas Africanas", é o Chefe Índio Falcão Negro.
Quando o Chefe Falcão se manifesta, ele puxa outros companheiros das aldeias do astral, como Nuvem Vermelha, Águia Negra (nomes de chefes indígenas que existiram) e entre eles está: Pena Branca. Algumas fraternidades esotéricas americanas, que cultuam os Mestres Ascencionados, com Saint German, El Morya, e outros bem conhecidos da Nova Era, conhecem um belo Mestre Curador: Ele aparece como um índio banhado em branca e luminosa luz, dando sábios conselhos e mensagens, seu nome: Pena Branca!
Em algumas ilhas do Caribe existe um culto chamado Obeah, de origem africana. Dentro dele sãos celebrados os mistérios dos espíritos de origem indígena taino, etnia local. Existem muitas entidades indígenas, a maioria com comportamento muito arredio e nomes de animais, Cobra Verde, Pantera Negra, Jaguar Dourado e etc.
Quando incorpora a falange do Povo Alado, simboliza pelos pássaros e morcegos, um deles tem um destaque especial. Este espírito se apresenta sério, compenetrado, usa tabaco fortíssimo e uma pena branca na cabeça, e é chamado Índio Pena Branca.
O encontramos novamente na Venezuela, onde existe um culto belíssimo, semelhante em tudo com a Umbanda de nossa terra. Tem Caboclo, Preto Velho, Exú, Orixás e tudo de bom. É a tradição de Maria Lionza, a Rainha Mãe da Natureza.
Na Linha Índia, comandada pelo famoso espírito do Cacique Gaicaipuro, incorporam centenas de caboclos venezuelanos e americanos. Eles trabalham com pemba, bebidas diversas, água, cocares, maracás e todo o aparato ameríndio. Chegam bradando e saudando o povo, que procura semanalmente as irmandades em busca de alívio, socorro material e espiritual.
Certo dia em Bonaire, uma ilhazinha perto da Venezuela, eu participava de um culto Lionza. Perto do Congá estava um rapaz incorporando um caboclo. Atento, o índio ouvia pacientemente uma velha senhora e a limpava com um maço de ervas perfumadas. A senhora chorava muito e tremia. No final da sessão, o semblante dela havia mudado. Feliz, ela sentou-se no banco da assistência e orava agradecida. Curioso, eu me aproximei e perguntei o nome da entidade que a atendeu. A velha irmã respondeu com reverência: O Grande Índio Pena Branca!
O tempo passou, e a pergunta ainda batia dentro da minha cabeça:
*Será que é o mesmo Pena Branca...
*Terá esse caboclo conhecido da Umbanda viajado tanto assim...
*Afinal, ele é mexicano, americano ou brasileiro...
*Quem, afinal, nasceu primeiro, o Pena Branca daqui ou o de lá...
Inquietações de um pesquisador, pois os afilhados e médiuns de Pena Branca não ficam, creio eu, tão preocupados com a sua origem.
Uma bela noite, em um modesto e tranquilo terreiro Umbandista do interior paulista, acontecia uma gira de caboclo. A líder do terreiro abriu o trabalho e incorporou. Seu Pena Branca estava em terra, em todo o seu esplendor e força. Fiquei atento. Lembrei-me do Caribe e pensava em tudo isso que agora escrevo aqui.
O Caboclo Pena Branca riscou seu ponto, pediu um charuto, deu algumas ordens ao Cambono e olhou para onde eu estava. Senti uma estranha energia percorrer minha espinha. Ele continuou olhando e acenou. Me levantei e acenei de volta. Foi então que ele falou:
- Filho era eu, se lembra...
- Tem um maço de ervas bem cheiroso para mim...

SALVE SEU PENA BRANCA!!!


Invocação ao Caboclo Pena Branca

Caboclo Pena Branca
Em nome de Deus Todo Poderoso,
Eu invoco o grande Pena Branca,
fiel espírito índio, grande herói,
zelador de meu altar e morada.
A você que me guia e conhece minhas necessidades,
peço proteção e luz.
Livra-me de toda má intenção e inimigos,
ocultos ou manifestados.
Vigia meus caminhos e que nenhum feiticeiro ou bruxo malvado,
possa cruzar comigo.
Amém ! 

CABOCLO TUPINAMBÁ



 Caboclo Tupinambá

Por Pai Leonardo Guimarães

Caboclo Tupinambá é um espírito singular que personifica como poucos o Orixá ao qual pertence e representa (Oxóssi). De humor constante e inabalável, é firme e combativo sem deixar de ser alegre e carinhoso. Sábio, seguro, paciente e carismático, está presente em quase todas as boas casas de Umbanda do Brasil. Ou como ele mesmo diz, Tupinambá é como o bambu: forte e flexível, sabe se vergar e por isso não pode ser quebrado.
Eu tenho a honra de trabalhar com ele, e assim já se vão vinte anos de parceria e confiança com esse maravilhoso Caboclo, que é meu Pai de Cabeça*. Com ele aprendi tantas coisas que hoje não sei mais separar sua influência em minha ideologia, meus princípios e até mesmo em minha personalidade.
É assim na Umbanda, a gente vai se misturando se misturando e quando vemos, graças a Deus, já não somos mais a mesma pessoa. Sua maneira de pensar é extremamente otimista e para ele tudo sempre tem uma perspectiva positiva. Tupinambá ensina que a vida é como um rio, e como tal é viva e nunca para. Ele nos mostra que quando deprimimos, quando estamos desacreditados em relação à vida, é porque somente estamos desligados de seu fluxo. Basta voltar ao rio e a renovação ocorrerá quando menos percebemos.


A falange de Sr Tupinambá é imensa, o que não é de se estranhar se considerarmos o contingente de indivíduos dessa nação indígena que estiveram encarnados no Brasil do século XVI (cujo tronco ocupava quase todo o litoral do país). E é essa grandeza que faz essa linha de Umbanda ser tão respeitada, seja pelos amigos, seja pelos inimigos. Conhecidos por sua potencialidade guerreira, os Caboclos Tupinambás, ironicamente, conseguem como poucos evitar a guerra aberta contra falanges negativas, pois ninguém quer, senão em último caso, desafiar um povo tão forte, quantitativo e aguerrido. Assim, por seu próprio potencial de "vencer demanda", essa linha de Oxóssi é muito requisitada para alcançar as soluções "diplomáticas" que evitam o embate direto com o baixo astral. E ainda que isso eventualmente não se faça possível, eles estarão lá com seus valentes guerreiros para garantir a vitória do bem sobre o mal no plano astral brasileiro.
A energia desses Caboclos, quando chamados nos terreiros, é intensa e muito agradável. É tão vibrante a presença deles que quando seu ponto é cantado é comum ver vários médiuns incorporem ao mesmo tempo. O chacra cardíaco se expande e se agita fortemente, fazendo o médium postar-se de forma bastante altiva ao final da Curimba*. Aliás, a Curimba é outra de suas características distintivas, marcada por uma sessão de giros continuados que, se são muitos, ao final não deixam qualquer tontura no médium.
O espírito que, especificamente, tomou-me como cavalo, tem como principal roupagem essa que aparece na ilustração acima, feita na prancheta da talentosa filha de Iansã no TPM, Fran Falsoni*. Penacho predominantemente alaranjado de penas longas e brilhantes, colar de ossos, braçadeiras de corda natural e uma pele de onça sobre as costas. Corpo alto e atlético, cabelos longos e um grande alargador de orelha feito de bambu. Assim ele se apresenta normalmente, mas em ocasiões festivas usa um cocar enorme que vai até os pés e pode ser verde, alaranjado ou colorido. Já quando está em trabalho propriamente dito, sua indumentária muda completamente, assim como suas feições ficam mais marcadas e rústicas. Nessas situações sua fala fica mais difícil de ser compreendida (predominando o tupi guarani sobre o português), surgem mais adereços no rosto, em especial um grande osso atravessando o nariz, além de pinturas pelo corpo. Por fim, a outra forma de apresentação que conheço dele (e, sinceramente, não faço questão de que ele a use...) é quando está em guerra (demanda). Aí é o seguinte: uma pena preta na cabeça, um grosso traço de tinta preta sob os olhos, dobro de tamanho, as armas e nada mais.

Sr. Tupinambá está sempre acompanhado, seja por seus guerreiros, suas crianças, suas caboclas curadoras ou pelos velhos pajés feiticeiros da tribo. São incontáveis trabalhadores espirituais que permitem que essa linha seja eficiente em quaisquer tipos de trabalhos (demanda, cura, energização, equilíbrio, psicologia...). E não posso deixar de mencionar seus inseparáveis animais: as jiboias, as onças e os javalis. Sempre com ele os dois primeiros, fazem um trabalho único e precioso. As cobras limpam a sujeira do períspirito das pessoas e do ambiente da gira, as onças protegem e combatem o que é mais grosseiro e animalizado. Javalis são chamados quando o buraco é mais embaixo.
A quem conhece Caboclo Tupinambá espero ter colaborado com um pouco mais dessa entidade tão conhecida e importante da corrente astral de Umbanda. A quem não o conhece ainda, e estiver a precisar de força, proteção, alegria ou de uma simples sensação de paz e bem-estar, experimente cantar assim: "Estava na beira do rio sem poder atravessar, chamei pelo Caboclo, Caboclo Tupinambá...Tupinambá chamei, chamei tornei a chamar, êah". Se pode tornar a chamá-lo, mas precisar não precisa. Com certeza ele já estará presente.
Se Caboclo Tupinambá pudesse ser definido em uma frase, seria essa:
"Grande Pai Caçador de Almas".

Abraço Fraterno a todos, e Saravá!

___________
O termo 'tupinambá' provavelmente significa "o mais antigo" ou "o primeiro", e se refere tanto a uma grande nação de índios, da qual faziam parte, dentre outros, os tamoios, os temiminós, os tupiniquins, os potiguaras, os tabajaras, os caetés, os amoipiras, os tupinás (tupinaê), os aricobés e um grupo também chamado de tupinambá. Entretanto, normalmente, quando se fala em tupinambás, está-se a referir às tribos que fizeram parte da Confederação dos Tamoios, cujo objetivo era lutar contra os portugueses, também conhecidos como 'perós'. (Fonte: Wikipédia; verbete "Tupinambás")
___________
*Pai de Cabeça: espírito masculino que, na Umbanda, pertence ao mesmo Orixá masculino que o médium e é o responsável pelo caminho desse na religião.
*Curimba: dança vibracional característica de cada entidade, realizada sobretudo no momento em que chegam no terreiro.
__________
Por CLAUDIA BAIBICH

Caboclo Pena Azul




 Ensinamentos do Caboclo Pena Azul

Achar Menos e Ouvir Mais
Muito quer ser dito, pouco se quer ouvir.
Muito quer ser ensinado, poucos querem aprender.
Muito quer ser mostrado, pouco quer ser visto.
Muito quer ser dado, poucos querem receber.

Muitos falam, muitos apontam e muitos criticam, mas são poucos que conseguem enxergar aonde estão seus erros, não adianta pedir ajuda, conhecimento e perdão.
Muitas vezes escutamos os pedidos de socorro, porém nem sempre podemos socorrer.
Nem sempre sabemos o momento exato de lhes aconselhar, pois para que saibamos é preciso que o corpo esteja em sintonia e harmonia com a alma, com o pensamento e com o coração.
Então é nesse momento que nossa presença é ignorada e muitas vezes julgada.
A culpa é de quem? Será que nós não os amamos? Será que nós não os escutamos? Será que nós não queremos os ajudar?
Não, não é isso, apenas nos calamos com as nossas tristezas, tristezas essas de ver um filho amado se perder no orgulho, na arrogância, na vaidade, no esquecimento de seus deveres espirituais, deveres esses que não foi imposto por nós, não pedimos nada além de vocês estarem com o corpo e mente livres para executar o que na Terra vocês escolheram, que é servir a uma casa de caridade e permitir que nós façamos á caridade.
Para nós não adianta tomar banhos, fazer preceitos longos, acender velas, fazer orações se a alma e a mente não estiverem limpas e felizes.
Sabem como se limpa a alma e a mente?
Expurgando de vocês os pré-julgamentos, a vaidade, as incertezas do que se é visto. Nem sempre tudo que se vê é o certo.
Ser humilde não é andar de cabeça baixa e falar baixinho, ser humilde é reconhecer que errou e pedir perdão, é parar de falar de algo que vocês ACHAM que estão certos, quando o próximo tem a CERTEZA.
Vamos achar menos e ouvir mais, para que no decorrer de suas encarnações vocês tenham mas certezas.
Somos as armas e junto a vocês formaremos um exército para enfrentar qualquer batalha.
Caboclo Pena Azul, um Caboclo que ainda tem muito que escutar para aprender.

Recebida pela médium Elizabeth Caetano Drumond
Por CLAUDIA BAIBICH

CABOCLO PARAGUASSU


DESENVOLVER A MEDIUNIDADE...

Meus filhos!

Oxalá os abençoe!
Observamos que na prática do terreiro os filhos desejam muito aprender uma técnica eficaz e rápida de como possa melhor desenvolver a mediunidade e por essa razão vamos aqui repassar algumas formas para melhor desenvolve-la:
Desenvolver mediunidade é muito mais que saber entrar em contato com os espíritos ou entidades que formam a banda de cada filho ou permitir que outras sejam esclarecidas por meio da incorporação nas giras e sessões do terreiro;
Desenvolver mediunidade é desenvolver a si mesmo. É desenvolver sentimento. É trabalhar o rico material espiritual que cada médium possui dentro de si;
Desenvolver mediunidade é silenciar ante a injúria e violência proposital que lhe chega por parte de alguns, porém profundamente educadora desde que observado o ser doente que a lançou contra o outro;
Desenvolver mediunidade é saber colocar esse sexto sentido a favor do bem e do próximo. E para isso todo médium conta com os demais sentidos físicos que por hora estão no corpo humano;
Desenvolver mediunidade é ficar feliz com a vitória íntima do irmão da corrente que está tendo mais confiança e segurança no seu trabalho como aparelhinho de Umbanda;
Desenvolver mediunidade não é sair propagando suas aptidões mediúnicas aos quatros ventos sem saber o verdadeiro valor delas nas descobertas de si próprio;
Desenvolver mediunidade é esforço continuado que não se revela em um só dia ou gira. Muitas vezes leva anos;
Desenvolver mediunidade é saber enxergar muito além do véu de Ísis; mas, é saber enxergasse;
Desenvolver mediunidade não é entender seus mecanismos única e exclusivamente de forma teórica; mas, é sentir as nuances que cada fenômeno propicia em vossas existências;
Desenvolver mediunidade é saber captar as vibrações das energias-Orixás, guardando-as como cota extra para repassar no dia-a-dia aos carentes de amor e pão, aos desprovidos de esclarecimento;
Desenvolver mediunidade é exercício de doação e não de restrição;
Desenvolver mediunidade é crescer com a Casa que lhe acolhe, pois, ela é uma extensão de você mesmo;
Desenvolver mediunidade não é decorar o passo-a-passo de uma gira do início ao fim. Mas, é sentir e viver a gira levando consigo o bem-estar da mesma;
Desenvolver mediunidade não é só vestir o branco e estar no terreiro na hora da sessão. Mas, é guardar o branco da Umbanda tendo o terreiro em seu coração;
Desenvolver mediunidade é muito mais que querer conhecer seus Guias e Orixás. É permitir que eles lhes trabalhem a Alma;
Desenvolver mediunidade é saber ler a vida na grafia indelével do Criador;
Desenvolver mediunidade é saber colorir os dias com a tinta do amor e a pena da humildade.

Glória a Deus nas alturas,
Paz na Terra aos homens de boa vontade!


Médium Mãe Luzia Nascimento

Por CLAUDIA BAIBICH 


Marcadores: Caboclo Paraguaçu
MENSAGEM DO CABOCLO PARAGUASSU

Em face a tantos conceitos cósmicos e questões que se reportam aos conhecimentos helênicos e transcendentais, a de se observar um largo distanciamento do umbandista do que seja a essência da Umbanda, Religião abraçada por muitos, porém, pouco vivenciada pela grande maioria dos que Dela participam.
Viver a Umbanda não é dar-lhe nomes cabalísticos com a finalidade e preocupação precípua de demonstrar-lhe sua área de atuação;
Viver a Umbanda não é direcioná-la aos que possuem inteligências notáveis, apresentando-a em pontos e contrapontos tão somente para as mentes brilhantes.
Viver a Umbanda não é limitá-la a tal ou qual escola porque nenhuma Delas é dona da Umbanda.
Umbanda: “manifestação do Espírito para a caridade! ”
A de ser reconhecer que quando os filhos dessa Banda lhe nomeiam, direcionam a uma minoria como sendo os eleitos para assimilação da verdade ou a limitam, estão forçosamente fazendo um caminho inverso do que seja o exercício da caridade.
A Umbanda é grandiosa! Tão grandiosa que esconde sua verdadeira face nas formas fluídicas escolhida pelos seus trabalhadores espirituais que se apresentam nos terreiros como Caboclos, Pais Velhos, Beijadas e Exus.
A Umbanda é ampla por agregar em si espíritos de todas as nacionalidades que se amoldam perfeitamente ao seu triângulo de sustentação.
A Umbanda é rica! Não por alguns templos suntuosos que a projetam, mas, sim, pela simplicidade que fala aos corações sofridos!
A Umbanda é humildade pela palavra consoladora e de fácil entendimento para os que a ouvem com a ausculta astral!
A Umbanda é caridade pela extensão dessa palavra que caminha ladeada ao amor!
A Umbanda é energia em pleno movimento! Em plena extensão!
Expandam vossas mentes!
Calem vossas intolerâncias, as vossas indiferenças!
Sensibilizem vossos corações! Pois, só assim valerá a pena estar na Umbanda. Ser umbandista! Até porque fora disso não resultará em nada os filhos terem visto a Luz de Oxalá e permanecerem cegos.
Umbanda é trabalho!
Então meus filhos! Trabalhem pelo vosso próximo! Trabalhem por vocês! Trabalhem pelo hoje preparando o futuro de muitas gerações.
Lembrem-se! Vocês são instrumentos de uma Causa muito Maior a qual não vê fronteira e nem rótulos, mas sim, a disposição que cada qual tem de servir a Lei de Aruanda.
Os modismos passam e sempre passarão! Mas, a Umbanda permanecerá em toda sua plenitude, o que será visto pelos que tem olhos de ver e ouvidos para ouvir.
Pata kori Ogum! Ogum yè!
Paraguassu, um Caboclo em Terras brasileiras.

Médium Mãe Luzia Nascimento
Por CLAUDIA BAIBICH

CABOCLO TREME TERRA




- Caboclo Treme Terra 
– Legião Xangô 
– Chefe Caboclo Treme-Terra 
– Falange do Caboclo Treme Terra 
Caboclo guerreiro muito poderoso e sempre disposto a fazer o bem.
. Sua falange é o povo da Justiça, ampara os humildes e os humilhados. Por serem desta Falange praticam a caridade, doutrinam os irmãos sofredores, fazem curas e aplicam a medicina herbanária.
Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho. Ancestrais, espíritos dos índios dedicados à cura e à proteção da natureza, os Caboclos índios, boiadeiros e baianos atuam na energia vegetal, daí serem da linha de Oxossi dentro das 7 linhas de umbanda, devido a isto como todo o caboclo é índio ele vem sempre como linha de Oxossi. Como são espíritos da mata propriamente dita, todos recebem forte influência de Oxossi, no sentido apenas do conhecimento químico das ervas, independente do Orixá que trabalhe.
Quanto à descrição de seu Caboclo TREME TERRA é uma coisa muito particular, de médium para médium, é coisa que não se aprende, pois se fosse assim não seria a entidade manifestando-se, não adianta falar, pois cada médium sente a vibração de forma diferente.
Enfim, o importante é procurar trabalhar e deixar que as entidades atuem da forma que elas acharem conveniente porque com certeza elas nos conhecem melhor do que nós próprios pensamos que nos conhecemos…
Que Oxalá te Proteja e Abençoe.


Pontos do CABOCLO TREME TERRA

Quando ele chega na Umbanda,
Ele brada:
Kiô, kiô, kiô, kiô.
Ele é o Caboclo Treme Terra,
Veio da sua aldeia,
Quando ele firma seu ponto, meu Pai,
Oi, ele não bambeia.