segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

As oferendas na Umbanda

Desde a mais longínqua antiguidade o ser humano sempre tentou alcançar as benesses de seres superiores, seus deuses, através de presentes que julgavam ser do agrado destes. Sem entrar muito profundamente na história de cada religião, podemos ver alusões à oferendas, inclusive com matança de animais até mesmo no chamado Antigo Testamento, tendo sido inclusive o fato de Jeová não ter aceito a oferenda de Caim tão bem quanto aceitou a de Abel o que desencadeou no ciúme, inveja e posterior assassinato de um pelo outro.
É certo também que com o passar dos tempos, muitos hábitos antes tidos como fundamentais, foram se modificando em todas as Religiões e Seitas, baseados na pressuposição de que não teriam real fundamento porque o Deus que procuravam não poderia mais ser ligado a presentes materiais como os que então eram oferecidos. Aprendemos que se entidades que não chegam a serem deuses, por não terem alcançado um nível evolutivo maior, já não se prendem às coisas materiais, que dirá um Deus ou mesmo um "Orixá", seja ele quem for.
Por que então as oferendas na Umbanda?
Por acaso não seria para alcançar as benesses dos Orixás e do próprio Deus?
Sabendo que os Orixás são irradiações puras do criador e não necessitam dessas oferendas, então quem realmente as recebe?
Quem as recebe são entidades conhecidas como Elementais da Natureza, também conhecidos por Espíritos da Natureza.
Os Elementais podem ser compreendidos, sob uma definição laica, como seres, criaturas físicas ou espirituais, que habitam os quatro reinos da natureza (água, fogo, terra e ar) e podem exercer influência sobre os seres vivos. Elementais também é o nome dado em algumas religiões a todo e qualquer espírito existente na natureza segundo a crença no “Animismo” Também são conhecidos como personagens fictícios, que representam a natureza e que seriam capazes de controlar seus elementos e os representar. São eles:
• Silfos - os elementais do ar;
• Salamandra - os elementais do fogo;
• Ondinas - os elementais da água;
• Gnomos - os elementais da terra.
O trato com Elementais pode ser perigosíssimo para os que não sabem se precaver, e é por isso mesmo que na Umbanda, o trato com esses seres é feito através daqueles que realmente sabem e podem, com segurança, determinar junto a eles as diretrizes desse ou daquele trabalho.
Não é que seja tão difícil entrar em contato com eles, o problema está, principalmente, na tendência de os humanos quererem fazer desses seres os seus "Geninho particular", pensando que são mais inteligentes e podem comprá-los com as oferendas que colocam em certos lugares sem se preocuparem com mais nada. Em casos assim eles podem transformar-se em obsessores difíceis de serem afastados.
Que fique bem claro que os Elementais são amplamente utilizados em trabalhos de magia tanto positiva quanto negativamente por entidades astrais. Quando uma entidade pede uma oferenda para a realização deste ou daquele trabalho, pode estar certo de que a menos que ela seja um "quiumba", um espírito elementar em evolução, estará solicitando a mesma para que possa atrair e comandar certos elementais que têm ação direta sobre o tipo de trabalho a ser executado. Que fique bem claro que Entidade espiritual que já passou por um processo evolutivo não precisa comer nem beber, muito menos de sangue de animais sacrificados, já os Elementais e certos Espíritos Elementares (quiumbas e certos obsessores) sim, pois pertencem a um nível astral quase que igual ao nosso e na verdade o que fazem é absorver a energia que emana desses elementos a eles oferecidos e não da matéria propriamente dita.
Quanto às oferendas utilizadas na Umbanda são oferecidas exatamente na intenção de liberarem ou como forma de canalizarem certas energias, que por sua vez serão absorvidas e usadas para a realização do trabalho proposto.
Sabemos que essas oferendas podem ser representativas ou “votivas”. Nós umbandistas não somos contra as oferendas, mas sim com o tipo e o excesso delas. Pois existem médiuns e assistentes dentro da Umbanda que acreditam piamente que só através de oferendas é que conseguirão os seus objetivos e fazem isto com tanto frequência e fé que acabam “viciando” nesta prática a si mesmo e a entidade ou entidades oferendadas.
Deveriam saber que com uma simples oração, conseguiriam seu intento, mas não o consegue por não estar habituado a fazer as coisas de maneira simples e espiritualizada, ou seja, precisa da matéria, de uma muleta psíquica para canalizar sua fé. É claro que em determinados momentos elas são necessárias, mas não devem fazer parte do dia-a-dia do médium ou do consulente. Devem ser orientadas, explicadas e justificadas.
Antes de qualquer coisa, um verdadeiro umbandista deve sempre se preocupar em não poluir os reinos da natureza, considerar sempre a lógica e não esquecer de que a Umbanda considera a natureza como manifestação de Deus na Terra, por tanto tem o dever preservá-la. Um grande Caboclo dirigente de um terreiro de Umbanda ao sempre se deparar com médiuns e assistência lhe perguntando sobre qual oferenda se deveria entregar no dia de determinado Orixá, resolveu então passar uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade. Vamos a ela:
“Material necessário:
• 01 pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar entre as pessoas que estiverem perto ou longe de você;
• 01 pedaço (bem generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;
• Algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe;
• 01 pacote de desejo de fazer caridade desinteressada, em retribuição, para não "desandar" a massa.
Modo de Preparo: Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação e venha para o terreiro. Coloque em frente ao Gongá e reze a seguinte prece: "Pai, recebe essa humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém."
Pronto!
Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou precisar: Você se dispôs a ser um médium! ”

 “Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que traz em sua essência uma verdadeira mensagem para os umbandistas.
Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás. Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das “guerras”, saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu–se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram–se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso.
Yemọjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe “coruja” quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:
Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo?
- Ralhou Yemọjá, com aquele tom típico de contrariedade. - Desculpe, sabe, ando meio ocupado - Respondeu um triste Ogum.
- Mas, o que aconteceu?
Sinto que estás triste.
- É, vim até aqui para “desabafar” com você “mãezinha”.
Estou cansado!
Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a “espada da Lei” que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das “supostas” demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles… Estou cansado… Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto.
Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda. Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria vida por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé.
Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida. Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não vinham nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos.
Não vinham em sua lança, à direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna. Não! Infelizmente ele era entendido como o “Orixá da Guerra”, um homem impiedoso que se utiliza de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer os trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram “quebras e cortes” de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem muitas das vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso se torna uma guerra de vaidade, um show “pirotécnico” de forças ocultas.
Muita “espada”, muito “tridente”, muitas “armas”, pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual. Isso magoava Ogum. Como magoava.
Continuou Ogum: - Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade?
A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Zambi.
Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberba, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando–a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição. Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Yemọjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado…
Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Ọmọlu apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não aguentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra ela. Magoava-se por sua falange da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam ser tão temida e mal compreendida pelos homens.
Ele também deixou sua Falange aos pés de Yemọjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo se via o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem-se disso. Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite.
E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir-se de suas vestimentas sagradas, além de as deixarem ao pé de Yemọjá suas armas e ferramentas simbólicas. Faziam isso em respeito à Ogum e Ọmọlu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iyansan queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Zambi, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxóssi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Iyansan apagou seu fogo encantador, afinal, ninguém se lembrava da chama que intensifica a fé e a espiritualidade. Apenas daquele que devora e destrói. Os vícios dos outros, é claro.
Um a um, todos foram despindo-se e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás. Yemọjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exú. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado pela Pomba-gira, sua companheira eterna de jornada. Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente apresentam-se. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito.
Eles nunca perdiam o senso de humor! E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Yemọjá. Despiram–se de tudo. Exu e Pomba-gira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando-o a figura do Diabo: - Há, há, há, lamentável essa situação, há, há, há, lamentável! - Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá.
Yemọjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:
- Espere! - Pensou Yemọjá –
Oxalá, Oxalá não está aqui!
Ele com certeza saberá como resolver essa situação.
E logo Yemọjá colocou-se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou–se na frente de todos. Trazia seu Òpá sòrò, o cajado que sustenta o mundo. Cravou na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também se despiu de sua roupa sagrada, para igualar-se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun:
- Zambi manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse, às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de “apenas” prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas.
Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras “bases de luz” na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e nos buscam dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Ợrùn reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos.
Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Zambi brilhar e sorrir… Quando Oxalá se calou os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos eram os que os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros se juntariam nesse ideal.
E aquilo os alegrou tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram-se em amor e compaixão pela humanidade. Em Aruanda, os caboclos, preto-velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás. Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem-aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram suas armas.
Apenas sorriam e se abraçavam. O alto os abençoava… Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pomba-gira, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz. Miríades de espíritos foram retiradas do baixo-astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador.
E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou-se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egregoras de paz e luz deram-se as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Ợrùn, a morada celestial dos Orixás.
Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como “armas” para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem-se disso. E quanto a todos aqueles que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem-se das palavras de Oxalá ditas linhas acima. Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem-se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança.
A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Os honrem. Sejam luz, assim como Eles!

Autoria Espiritual: Vovó Maria Conga
Transcritor: Humilde e desconhecido

Local: Algum terreiro da Bahia

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