Baseia-se no culto às divindades e trabalhos espirituais, sem deixar de cultuar a Deus que para os
umbandistas é o Princípio de todas
as coisas.
Alguns acham que a Umbanda é multimilenar e que houve uma renovação nas suas práticas. Outros acham que é uma religião
nova, cultuando os
Orixás em sua concepção africana, tendo
incorporado o espiritismo,
a magia, o sincretismo e a simbologia.
A Ciência Divina diz que a Umbanda é uma religião nova, fundamentada no culto aos Orixás africanos, agora renovados e com novas feições divinas e humanas, aberta a todos, pois antes eram cultuados de forma fechada e só os iniciados podiam cultuá-los e reverenciá-los. Os Bàbálòrìşà, que detinham o poder mágico, eram os donos da religião
e quando morriam, só um iniciado poderia substituí-los, mantendo os conhecimentos ocultos.
Com a vinda para o Brasil, esse conhecimento
secreto começou a se perder ou a se misturar com o de
outros povos (sincretismo).
A mesma divindade sustenta a fé de diferentes povos e culturas e por vontade superior, o resultado foi
o aparecimento gradativo de uma nova religião fundamentada no culto às divindades naturais, mas de
forma aberta a
todos.
O que antes era propriedade dos Bàbálòrìşà, foi passando para pessoas dotadas de forte mediunidade que
passaram a incorporar espíritos que impunham a seus médiuns, condições que achavam ideais para realizarem todo um trabalho espiritual em favor dos encarnados e surgiram práticas parecidas, pertencentes a religiões diferentes.
As tradições religiosas dos diversos povos, começaram a incorporar elementos pertencentes a outras
tradições.
Esta mistura de tradições e o enfraquecimento consequente de todas, visava criar as condições para uma unificação religiosa sob o manto da
Umbanda, então os terreiros de uma determinada nação, passaram a evocar divindades pertencentes a outras
nações.
Os pais de santo passaram a fazer seus filhos, que abriam seu próprio terreiro e desta forma foi se
multiplicando a nova religião que
visava alcançar o maior número de pessoas no menor espaço de tempo
possível.
Este crescimento espantoso assoberbou muitos líderes umbandistas, impedindo a irmanação dos terreiros e a unidade religiosa que desse sustentação doutrinária
à Umbanda para que ela ocupasse seu espaço na religião brasileira.
Há a necessidade
de uma consciência religiosa e não de terreiro.
Por falta dessa consciência a Umbanda perdeu espaço para as seitas neo-cristãs.
A falta de uma Teologia, de uma doutrina única e de um acompanhamento dos novos dirigentes de Tendas de Umbanda,
resultou em erros imensos e em condutas
pessoais que não tinham nada a ver
com o que era
pregado pela espiritualidade e isso abriu espaço para que adversários religiosos emitissem críticas e acusações contra a
Umbanda.
Muitas pessoas, ainda despreparadas, mal instruídas e até incapazes para a direção de um Templo, abriram suas tendas, criando a sua própria
Umbanda e deram vazão a seus emocionais desequilibrados e seus vícios religiosos, pois não aceitavam a condição de liderados e almejavam ser líderes, bajulados ou temidos. Então muitos abandonaram a Umbanda, depurando-a.
É uma questão de tempo, para que os atuais e remanescentes dirigentes da Umbanda,
realizem um trabalho de base, de doutrinação de seus liderados,
instruindo-os e ensinando-os a prepararem bons médiuns e bons dirigentes
de tendas. E então, a Umbanda
conquistará seu verdadeiro espaço religioso, pois o tipo de trabalho
realizado por ela, só os verdadeiros umbandistas podem realizar,
porque são os herdeiros
naturais dos das energias superiores.
Mas, para que este trabalho seja realizado, todos
os umbandistas devem falar uma só língua.
Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda
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